sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

AMÓS - Amós e sua Missão


Amós e Sua Missão



Amós teve uma missão difícil. Este homem simples da terra de Judá foi enviado por Deus para a nação de Israel, durante o reinado próspero de Jeroboão II. A missão de Amós foi simples, mas difícil. Ele tinha a tarefa de alertar o povo que Deus estava prestes a destruir a nação rebelde de Israel (também conhecida como Samaria).


Quando Amós chegou a Israel, sua pregação parecia ridícula. Como poderia uma nação forte, vivendo no conforto e segurança do poder militar, ser tão rapidamente destruída? O reinado de Jeroboão II, no oitavo século a.C., foi o auge da prosperidade desta nação. A única outra época da história comparável foi 200 anos antes de Jeroboão II, durante o tempo de Davi e Salomão, dois dos reis mais abençoados por Deus. Como, então, um profeta de outra nação teria coragem de pregar sobre castigo iminente?


O povo ficou perturbado pela sombria mensagem deste pregador estrangeiro. Até mesmo os líderes religiosos, que deveriam compartilhar a nobre missão de Amós, rejeitaram a mensagem e o mensageiro. Um sacerdote chamado Amazias disse a ele que voltasse para seu próprio país e que nunca mais profetizasse em Israel (Amós 7:10-13).


Amós replicou: “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel. Ora, pois, ouve a palavra do Senhor. Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque. Portanto, assim diz o Senhor . . .” (Amós 7:14-17).


Amós não foi criado para ser um profeta. Ele não recebeu treinamento especial em alguma escola para a formação de profetas. Era apenas um homem comum que proclamou uma mensagem de Deus. Reis e sacerdotes não gostaram de sua mensagem, mas era a verdade.


Qual é a lição para hoje? Na nossa época, percebemos uma grande ênfase em credenciais carimbadas por homens e instituições humanas. Muitas pessoas dão ouvidos aos ensinamentos de pessoas formadas em teologia sem avaliar o conteúdo das suas mensagens. A teologia é o estudo de Deus. Todos nós devemos fazer teologia – ou seja, devemos estudar sobre Deus – todos os dias. Mas a posse de um diploma de uma instituição criada e mantida por homens não garante conhecimento de Deus e muito menos fidelidade para com o Senhor. Deus não está impressionado com os ensinamentos teológicos em seminários, e nunca exigiu isso dos seus servos. Importa conhecer a vontade de Deus, mas não importa se você aprende estas coisas numa sala de aula universitária ou sentada à mesa na sua própria casa.


Amós enfrentou uma outra atitude errada que ainda prevalece entre muitas pessoas hoje. Um homem não precisa da permissão de alguma autoridade eclesiástica para pregar o evangelho. Muitos líderes religiosos manipulam as pessoas, proibindo estudos não autorizados pela igreja ou que não tenham a “cobertura” de uma igreja. O que precisamos para ensinar a palavra de Deus é de uma dedicação inabalável à verdade da palavra de Deus, não a permissão de algum homem ou organização. No Novo Testamento, os apóstolos não estabeleceram seminários e faculdades para equipar os pregadores da palavra. Paulo ensinou que cada um que ouve deve transmitir a outros: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2:2). O legado de Pedro não foi uma universidade de teologia, e sim a palavra escrita para o benefício de todos que viriam depois: “Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo” (2 Pedro 1:15).



Vamos esquecer-nos de vazias credenciais humanas e insistir na pregação nítida da palavra inspirada por Deus. Esta é a verdade que nos libertará (João 8:32).



-por Dennis Allan


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